Saneamento ambiental: desafios para a universalização e a sustentabilidade

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No Congresso da ABES, especialistas debaterão os desafios para a gestão de Gases de Efeito Estufa (GEE) no Saneamento

O coordenador do painel sobre o tema, Nelson Cunha Guimarães, adianta que os especialistas convidados representam empresas que já estão aprimorando a gestão de gases de GEE, buscando promover engajamento setorial para desenvolvimento de metodologias robustas desses gases e fortalecendo o saneamento como parte da solução para a jornada de descarbonização no Brasil.
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Controlar e diminuir os níveis de emissões de gases do efeito estufa (GEE) é um desafio do setor de saneamento brasileiro, que precisa aperfeiçoar metodologias e disseminar práticas de descarbonização, visando o controle do aquecimento global e combate aos efeitos da mudança climática. Com o radar atento a este tema, a programação do 32º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental (CBESA) – o Congresso da ABES, que acontecerá entre 21 e 24 de maio, em Belo Horizonte, Minas Gerais, contemplará na Sessão C8, o painel “Desafio da Gestão de Gases De Efeito Estufa – GEE no Saneamento”.

Sob a coordenação de Nelson Cunha Guimarães, superintendente de Desenvolvimento Ambiental (SPDA), da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), e diretor nacional da ABES para a Região Sudeste, o painel contará com palestras de analistas ambientais das empresas Copasa, Iguá Saneamento e Sanepar.

Nelson Guimarães destaca a importância de debater o assunto dentro do mais importante evento de saneamento ambiental do Brasil: “a questão da gestão dos gases de efeito estufa é um dos temas ambientais mais relevantes da atualidade, considerando ser esses gases uma das principais causas das mudanças climáticas no nosso planeta. Essa relevância se materializa anualmente, através de conferências promovidas pela ONU, as famosas COPs, que reúnem especialistas e políticos do mundo inteiro para discussão das mudanças climáticas e das ações necessárias para combater e mitigar seus impactos”, informa. 

Cases de referência na gestão do GEE

Nelson Guimarães

Para Guimarães, apesar do setor do saneamento ser uma das áreas mais afetadas com os impactos relacionados às mudanças climáticas, esse tema ainda é pouco discutido e conhecido, sendo, portanto, fundamental promover a disseminação de práticas para quantificação e mitigação da emissão de GEE. “Sabemos dos enormes desafios para a universalização do saneamento e da sua importância para melhoria ambiental e da qualidade de vida das pessoas. Entretanto, é preciso avaliar os impactos que a disposição de resíduos e o tratamento de esgoto geram nas emissões de gases de efeito estufa, e promover ações para mitigá-los”, salienta.

O coordenador explica que o principal gás emitido nesses processos é o metano, que tem impactos potenciais 28 vezes maiores que o do dióxido de carbono. “Essas emissões precisam ser tratadas. Desta forma é importantíssimo buscar para o setor metodologias padronizadas e adequadas para a realização de inventários de emissão de GEE e estabelecer políticas para mitigação e redução, contribuindo para o esforço global de descarbonização, que pode trazer benefícios, como a atração de investimentos nacionais e internacionais para projetos, através, por exemplo, da valorização dos resíduos e o seu aproveitamento energético”, arremata.

Para integrar os conteúdos abordados neste painel, Guimarães informa que a Sessão C8, dedicada ao tema, terá como representantes analistas ambientais da Copasa, Iguá Saneamento e Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), que atualmente são empresas referência na gestão de GEE no saneamento. “A sessão será oportunidade para o compartilhamento das discussões realizadas por esses técnicos, as quais têm desenvolvido trabalho conjunto, através de termo de cooperação técnica entre as referidas empresas, com o objetivo de aprimorar a gestão de gases de GEE, buscando promover engajamento setorial para desenvolvimento de metodologias robustas de gestão de GEE, fortalecendo o saneamento como parte da solução para a jornada de descarbonização”, destaca. Os palestrantes convidados para o painel são Cassius Nonato de Souza Freire, da Copasa; Natália Rodrigues Costa Flecher, da Iguá Saneamento; e Roberta Miguel Kiska Fillipini, da Sanepar.

Oportunidades  

Para Guimarães, esta edição do 32º Congresso da ABES, na capital mineira, será um marco, por ser o primeiro totalmente presencial, após a pandemia. “Apesar de toda facilidade que a tecnologia nos oferece, viabilizando e facilitando encontros virtuais, nada supera a importância dos congressos presenciais, possibilitando a interação das pessoas, debates e troca de ideias ilimitados e a construção de relações profissionais e pessoais durante e após o evento”, considera. Ele destaca que as oportunidades de networking serão inúmeras. “Esperamos receber em Belo Horizonte, as maiores autoridades do setor de saneamento ambiental para discussões técnicas e institucionais, além de permitir o contato com a produção acadêmica relacionada ao saneamento e meio ambiente”, ressalta.

Além disso, o executivo lembra que na Fitabes 2023, uma das maiores feiras já realizadas pela ABES, estarão presentes os principais fornecedores de produtos e serviços nacionais e internacionais. “Tenho certeza que o Congresso e a Fitabes serão um sucesso tanto pela qualidade do conteúdo apresentado no evento, como também pela hospitalidade do povo mineiro que receberá técnicos do Brasil inteiro em Belo Horizonte, com inúmeros atrativos turísticos e culturais, em destaque sua culinária, reconhecida pela Unesco como cidade criativa da gastronomia”, completa.

Para mais informações sobre o 32º Congresso da ABES em BH, acesse aqui. 

Um evento inovador que traz as discussões mais importantes sobre o saneamento ambiental e a transição energética no Brasil

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Painéis
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33º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental – FITABES 2025

25 a 28 de maio de 2025
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